Explicamos o que são as cidades mágicas e qual é o objetivo deste programa. Além disso, quais são seus recursos, requisitos e muito mais.
O que são cidades mágicas?
As Cidades Mágicas são um grupo de populações em todo o território do México, consideradas como representativo das diferentes etapas culturais e arquitetônicas da história desta nação latino-americanacomo as antigas nações indígenas, o passado colonial, a era revolucionária, etc.
A designação de Povo mágicoministrado desde 2001 pelo Ministério do Turismo do referido país, incentiva e recompensa a preservação das tradições e o patrimônio histórico-cultural mexicano através de uma intensa campanha de promoção turística, tanto nacional quanto internacionalmente.
Nesse sentido, a entidade monitoriza o cumprimento sustentado de indicadores de desempenho específicos na matéria, poder ou não renovar a adesão de uma cidade ao programa de promoçãoadicionado à designação de novas cidades mágicas.
Veja também: Povos indígenas do México.
Características das Cidades Mágicas:
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origem
O programa Foi implantado pela primeira vez durante o governo de Vicente Fox (2000-2006), o programa Cidades Mágicas foi ideia de Eduardo Barroso Alarcón, que na época ocupava o cargo de Subsecretário de Operações Turísticas. A primeira cidade a ser declarada como tal foi Huasca de Ocampo, no estado de Hidalgo. Nesse mesmo ano, Mexcaltitán, Tepoztlán e Real de Catorce se juntaram à lista.
De 2001 a 2009, uma média de 3,5 cidades foram designadas a cada anonum total de 32. De 2009 para cá, os restantes foram nomeados, numa corrida de nomeações nem sempre recebida com entusiasmo.
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quantidade atual
As populações totais que mantêm o status de Cidade Mágica é de 111 (em 2016), distribuídos entre os 32 estados ou províncias que compõem o país. Algumas localidades foram retiradas por descumprimento das exigências, como é o caso de Mexcaltitán (2009).
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Ingressos econômicos
Estima-se que o programa tenha produzido em 2014 uma renda turística de 7.200 milhões de pesos mexicanos (cerca de 380 milhões de dólares), o que supera o que é produzido pelo turismo fronteiriço (7,1 bilhões de pesos) e ainda mais pelos cruzeiros marítimos (4,795 bilhões de pesos), tornando-se a maior força econômica turística do país na última década.
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Criticas
Ao contrário do que se esperava, muitas cidades rejeitaram o programa, entendendo-o como um ataque privatizante à identidade e ao valor patrimonial que, paradoxalmente, procuram preservar. Outros, por outro lado, reivindicam seu acesso a ela, como um estímulo para levantar economicamente regiões mais deprimidas e esquecidas.
Além disso a gestão do programa desde 2010 tem sido polêmica, durante o mandato de Felipe Calderón (2006-2012), durante o qual se registou um notável aumento das populações constantes da lista, incluindo algumas que não cumpriam os requisitos mínimos. O programa perdeu credibilidade e foi reavaliado nos anos seguintes.
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Distribuição no território
A distribuição das Cidades Mágicas no território mexicano é bastante desigual. Predominam no Estado do México (10), Puebla (9), Michoacán (8) e Jalisco (7), enquanto em estados como Baja California, Campeche, Guerrero, Colima, Durango e Tabasco são limitados a um. O número total, ainda assim, é bastante significativo em termos turísticos.
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Critérios para a designação de Vila Mágica
A SECTUR mexicana exige que as comunidades que aspiram ao título de Vila Mágica cumpram os seguintes requisitos, a serem levados em consideração:
- Ter uma população de pelo menos 20.000 habitantes.
- Não estar a mais de 200 km de um destino turístico principal.
- Constituir formalmente um Comitê da Cidade Mágica.
- Ter um programa de desenvolvimento do turismo local para os próximos 3 anos.
- Garantir serviços públicos de saúde e segurança para os turistas.
- Evidenciar a atração simbólica ou cultural da localidade.
Bem como qualquer outro que a comissão considere relevante para o desempenho turístico da localidade. A decisão também está sujeita ao Congresso Estadual e à Câmara Municipal.
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Critérios para permanecer no programa
Da mesma forma, as populações já designadas devem renovar anualmente sua permanência na lista. Para isso, serão necessários:
- Manter um Comitê da Cidade Mágica ativo e atualizado sobre suas resoluções.
- Realizar os planos e programas turísticos programados normalmente.
- Manter os serviços de logística, saúde e segurança necessários para proteger o turista.
- Garantir o funcionamento de um Sistema de Informação Estatística.
- Pesar o impacto do desenvolvimento do turismo na comunidade.
- Inovar ao nível do catálogo de produtos turísticos disponíveis.
- Ofereça um relatório anual de atividades com grande detalhe.
Além disso acompanhar qualquer outro aspecto considerado pelo Comitê e contar com a aprovação do Congresso Estadual e do Conselho local para a renovação.
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A insegurança
Outro desafio do programa é crime organizado, que deu uma má reputação internacional a estas localidades e por vezes conduz ao cancelamento das suas designações, ainda que não seja da responsabilidade dos residentes.
Tal foi o caso com Mier, no estado de Tamaulipas, quando em 2010 ocorreram atos violentos ligada ao narcotráfico que, entre outras coisas, provocou o êxodo de 90% da população residente; situação que durou até a intervenção do Exército mexicano e que custou temporariamente sua entrada no programa.
Nos últimos anos, as Cidades Mágicas há um aumento gradual da criminalidade que, juntamente com a onda de violência enfrentada por alguns estados mexicanos, inibiram fortemente o turismo internacional.
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População total
O cálculo total da população das 111 cidades mágicas que existem em 2016 ultrapassa os cinco milhões de habitantesnum país cuja população total se aproxima dos 123 milhões de habitantes (dados de 2013).
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sucesso internacional
Apesar de suas desvantagens, o impacto do programa em nível internacional tem sido tão positivo que países como Espanha, El Salvador, Peru, Colômbia, Chile e Equador solicitaram assessoria ao Ministério de Turismo do México, a fim de inaugurar variantes locais do programa em seus territórios.