Explicamos o que é um discurso, como é classificado e as formas como é apresentado. Além disso, estudiosos do discurso e suas características.

Discurso
Um discurso é uma forma específica e determinada de transmitir uma mensagem.

O que é o Discurso?

O termo discurso refere-se a as várias formas e tendências de elaboração de uma mensagem através dos mecanismos e recursos expressivos à disposição de quem deseja se comunicar.

Não deve ser confundido com o uso comum de discurso como sinônimo de discurso, apresentação ou situação em que uma pessoa se dirige oralmente a uma audiência.

O estudo do discurso como tal: seus métodos de realização, suas variantes de influência e suas características, é tarefa da Análise do Discurso, uma prática comum a várias áreas de estudocomo psicologia, sociologia, lingüística, filosofia, história e psicanálise, entre outras.

Veja também: Bom orador.

características da fala:

  1. Conceito

O conceito de fala pode ser definido, segundo o linguista francês Émile Benvenistecomo “a aplicação concreta do sistema linguístico, quando este permanece no comando ou é assumido, até mesmo transformado, pelo falante em seu ato de fala”.

Isso significa que um discurso É uma forma específica e determinada de transmitir uma mensagem.contemplando o quadro de regras, normas e acordos de um sistema linguístico, como uma língua específica ou um código específico, influenciado por variantes como o contexto, a finalidade do emissor, etc.

  1. tipos de fala

Discurso
Um discurso educacional busca transmitir o conhecimento de forma eficaz.

De acordo com sua finalidade e os elementos da realidade aos quais presta atenção, podemos falar sobre os seguintes tipos de discurso:

  • Cientista tecnológico. Aquele que empreende o conhecimento da realidade e sua transformação em benefício do ser humano.
  • Estético. Aquele cuja preocupação é a própria forma como a mensagem está sendo apresentada: as artes e a literatura são um exemplo perfeito.
  • Religioso. Aquele que através de histórias, alegorias e comparações, propõe um modelo de cosmogonia (origem das coisas) ou um código moral fundamentado em mandamentos divinos.
  • Retórico. Aquele que pretende influenciar, convencer, persuadir os interlocutores, mobilizá-los para alguma atitude ou determinado pensamento.
  • Educativo. Aquele cuja principal preocupação é a transmissão de informações e conhecimentos da maneira correta.
  • Histórico. Aquele que busca resgatar os acontecimentos ocorridos no tempo e estabelecer entre eles alguma margem de entendimento ou conclusões.
  • Político. Aquele que tenta construir um modelo específico de comunidade e influenciar o pensamento das massas.
  1. formas de fala

discurso - narração
Uma narrativa é uma releitura de eventos reais ou imaginários.

As formas do discurso são as estratégias específicas que permitem ao emissor transmitir a mensagem de forma mais eficaz ou adequada à situação.

  • Narração. Contagem de eventos que ocorreram, sejam reais ou imaginários.
  • Descrição. Apresentar as características de um objeto, pessoa ou situação, a fim de fornecer o máximo de detalhes possível.
  • Diálogo. Reprodução dos pensamentos ou comentários de duas ou mais pessoas, respeitando os turnos de fala em que ocorreu a conversa real ou fictícia.
  • Exposición. Consiste em referir de forma objetiva, clara e direta a mensagem que se deseja transmitir.
  • Argumentação. Consiste em expor subjetivamente, através de opiniões, raciocínios e conclusões, a mensagem que se pretende transmitir de forma a influenciar o(s) destinatário(s) do momento.
  1. Contextos

No estudo dos discursos, a série de fatores meta e extradiscursivos são levados em conta que o acompanham, ou seja, o contexto em que ocorre a comunicação. Os gestos, as informações prévias, a própria situação comunicativa, tudo influencia na elaboração de um discurso, pois tudo isso fornece informações ao receptor.

  1. Especialização

Discurso
Certos tipos de discursos requerem um público mais especializado.

Os discursos podem ser mais ou menos especializados, o que significa que pode ser decodificado por pessoas mais ou menos informadas, estudado ou preparado de alguma forma para abordar o tema que está sendo comunicado. Por exemplo, uma conferência sobre matemática provavelmente requer um público moderadamente especializado, enquanto a leitura de um boletim de notícias visa um público massivo e diversificado.

  1. Precisão

Os discursos podem ser mais ou menos precisos, ou seja, Eles podem se concentrar mais ou menos no tema ou na intenção que perseguem. Um discurso preciso será aquele que se concentra mais diretamente em suas tarefas, enquanto um discurso impreciso será mais errante, menos preciso, e tenderá a divagar e se perder.

  1. verificabilidade

Discurso
Um discurso científico é baseado em sua capacidade de convencer.

Nem todos os discursos são verificáveis, nem deveriam ser. Os discursos religiosos e estéticos não aspiram à verificação, ou seja, verificar a veracidade do que expõem. Outros tipos de discursos, como o científico, histórico ou educacional, por outro lado, sustentam sua capacidade de convencimento e informação na total verificabilidade de seus conteúdos.

  1. Continuidade

Os discursos são contínuos, ou seja, eles são sustentados ao longo do tempo e não ocorrem de uma só vez, como poderia acontecer com as ações. Os discursos costumam acontecer ao longo do tempo, dada a sua natureza linguística: é preciso chegar ao final da frase falada para entender o seu significado completo, assim como é preciso ler até a última palavra de um escrito para saber o que ele diz.

  1. Análise de discurso

Discurso
A análise do discurso permite compreender suas verdadeiras formas.

A análise do discurso como prática surgiu durante a década de 1960 como uma forma transdisciplinar de abordar a comunicação e suas característicasque permitiu ao mesmo tempo uma verdadeira explosão de formas de compreender o discurso ou o discursivo, e uma maior compreensão da transmissão de mensagens pelo ser humano.

  1. estudiosos do discurso

As contribuições teóricas e acadêmicas de pensadores como Michel de Foucault, Tzvetan Todorov, Emile Benveniste, Paul de Ricoeur, Teun Van Dijk e muitos outros foram fundamentais no desenvolvimento das disciplinas de análise discursiva.

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