Explicamos o que é a literatura medieval, as fases em que se divide e as línguas. Além disso, quais são suas características, tradições e autores.

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Na Idade Média, a Igreja tornou-se a protetora do conhecimento europeu.

O que é Literatura Medieval?

literatura medieval é todos aqueles escritos durante a Idade Médiaou seja, o período histórico ocidental entre a queda do Império Romano do Ocidente no ano 476 e a chegada de Colombo à América em 1492.

Durante muito tempo pensava-se que a Idade Média era uma idade obscurantista e praticamente desprovida de manifestações artísticas que não obedecessem ao pensamento religioso dominante. Isso se daria pelo fato de a Igreja como instituição ter se tornado a protetora do saber europeu, protegendo os livros e as obras de arte das invasões bárbaras, mas depois controlando o acesso do povo à leitura e aos livros.

Porém, estudos subsequentes mostraram que há muito mais na literatura cristã do queembora seja o que predomina nos autores da época.

Veja também: Cultura medieval.

Características da literatura medieval:

  1. Estágios

Do ponto de vista literário, a literatura medieval pode ser dividida em duas fases:

  • fase medieval. Abarca os primeiros textos desta fase, em que predominam as canções românticas e menestrel, com marcada influência do popular e rural, e sua contrapartida religiosa, como atos sacramentais e tratados teológicos.
  • Fase pré-renascentista. Como o próprio nome indica, trata-se do período medieval tardio, pouco anterior ao Renascimento, caracterizado pela consolidação da burguesia e suas novas formas de conceber a sociedade e o mundo.
  1. anonimato

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Muitas obras de natureza transgressora foram escritas por monges e padres.

Muitas das obras literárias da Idade Média careciam de autor definido, sobretudo os de cunho popular, transmitida oralmente de um menestrel ou bardo para outro. Isso responde também aos baixíssimos índices de alfabetização que caracterizavam a sociedade da época, em que a carta era reservada ao clero.

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Igualmente, muitas obras de natureza mais ousada ou transgressoraescrito pelos próprios monges e padres, permaneceu anônimo para evitar a perseguição da Inquisição católica.

  1. Didactismo y moral

Devido à forte influência no controle social da religião nas sociedades da época, a literatura era necessário ser veículo de conteúdos morais, éticos e didáticos Cristianismo, por isso era frequentemente uma literatura exemplar e controlada. É o caso dos bestiários cristãos, nos quais propriedades imaginárias eram atribuídas aos animais de acordo com o julgamento moral que o imaginário religioso fazia deles.

Porém, muitas outras obras escaparam desse viés, retomando tradições latinas ou pagãs e recriando-as mais livremente. O problema é que muitas dessas obras não foram escritas e não havia uma boa maneira de preservá-las.

  1. os cavaleiros errantes

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A epopéia do cavaleiro cristão que derrotou os monstros pagãos era lugar-comum.

A literatura de cavalaria faz sua entrada na Idade Média, como uma forma de ficção em que os valores e símbolos cristãos convergiam com as fantásticas imagens pagãs, muitas vezes representadas em formas monstruosas e vilãs. A epopéia do cavaleiro cristão que derrotou monstros pagãos e impôs a verdade religiosa com sua espada foi uma história muito comum durante todo esse período.

  1. Língua

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No final da Idade Média, os textos escritos em línguas nacionais ganharam domínio.

Inicialmente, a literatura era escrita em latim, a língua em que foi ditada a missa e transmitidos os textos religiosos. No entanto, no final da Idade Média, predominam os textos escritos em línguas nacionais, que servem para começar a unificar linguisticamente as várias populações europeias da época. Este será o prelúdio do nacionalismo vindouro com a Idade Moderna.

  1. Religiosidade

textos religiosos Eles fazem parte da literatura mais importante da Idade Média, geralmente escritos por padres. Exemplos disso são a Summa Theológica de Santo Tomás de Aquino, as Confissões de San Agustín e uma extensa obra hagiográfica, ou seja, de histórias de vida dos membros dos santos católicos.

  1. Versificação

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As canções ou baladas tradicionais eram em verso para facilitar a memorização.

A poesia medieval, tanto lírica quanto épica, religiosa e popular, estava arraigada no uso do verso. Isso se deve principalmente à origem oral de muitos deles, de cancioneiros tradicionais ou romances que estavam em verso para poder memorizá-los. Essa tendência continuará na literatura escrita até séculos posteriores.

  1. tradições

Como já foi dito, a literatura medieval empreende muitas vezes a construção de um imaginário cristão, mas não ignora as tradições pagãs que o acompanham. Assim, imaginários nórdicos, celtas, latinos e mesmo islâmicos têm lugar nestas obras, embora muitas vezes ocupem um lugar de alteridade, de suspeita, quando não de antagonismo.

  1. ordem feudal

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As obras medievais exaltavam a fidelidade dos cavaleiros andantes.

A maioria das obras medievais mostrar a ordem feudal da sociedade em que nasceram, por exemplo, exaltando a fidelidade dos cavaleiros andantes a um rei ou a um senhor; apesar de muitas obras como Tristão e Isolda, por exemplo, mostrarem tímidas transgressões dessa ordem por meio de histórias de amor. Muitos deles foram considerados imorais e censurados pela igreja.

  1. Autores

Uma pequena lista de autores medievais inclui os nomes de: Fernando Rojas, Gonzalo de Berceo, Jaufré Rudel, Rimbaut Arenga, Alfonso X “o sábio”, Giovanni Bocaccio, Don Juan Manuel, Beroul, Gottfried von Strassburg, Geoffrey Chaucer, o arcipreste de Hita, Garci Rodríguez de Montalvo, Santo Tomás de Aquino, San Agustín, Isidoro de Sevilla, San Ambrosio e muitos outros.

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