Explicamos o que é o poder executivo, quem o compõe e quais são suas limitações. Além disso, suas características e importância.
O que é o poder executivo?
Se denomina poder ejecutivo o poder administrativo a um dos ramos do poder público tradicional, ou seja, um dos poderes atribuídos ao Estado moderno. Os outros dois poderes do Estado são:
- Poder legislativo. É responsável pela aprovação ou revogação de leis.
- Poder jurídico o judicial. Responsável pela aplicação justa das leis.
O poder executivo ao contrário deles é o responsável pela liderança política do Estado, sua representação diplomática e tomada de decisão em assuntos estratégicos, militares e democráticos. Atua como administrador e executor da vontade popular, que representa.
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Origem do poder executivo
O poder executivo é uma das primeiras formas de governo da historia. Os regimes da Antiguidade eram principalmente monárquicos ou despóticos.
Eles consistiam em um único grande poder executivo nas mãos de um governante, geralmente algum tipo de monarca (rei, sultão, imperador, etc.). nesta figura o poder mais ou menos absoluto da nação repousava. Sua palavra era lei, pois geralmente era considerado que ele estava no trono por desígnio divino. Os reis exerciam todas as funções do Estado neste tipo de regimes absolutistas.
Por outro lado, o executivo como poder independente surge após a Revolução Francesa de 1789 e o fim do Antigo Regime. A República moderna substituiu o absolutismo dos reis por assembléias ou congressos de eleição pública, criando a divisão de poderes.
O poder executivo a partir desse momento também foi acompanhados por juízes nomeados pelas assembleias. Desta forma, o surgimento de despotismos foi evitado.
Quem compõe o poder executivo?
O poder executivo é constituído por todas as instâncias políticas do Estado:
- Presidência da República (em regimes presidencialistas) ou Chefe de Estado (em regimes parlamentaristas).
- Os diferentes Ministérios que compõem cada setor de interesse do Estado, como economia, segurança, saúde, educação, relações exteriores, etc.
Quem exerce o poder executivo?
O poder executivo é normalmente exercido pelo chefe de estadoque pode ser um Presidente (ou um Vice-Presidente, na sua ausência) ou um Primeiro-Ministro, Chanceler ou cargo similar.
A constituição que rege o sistema de governo de cada país especifica as delimitações e condições de cada caso. Além do mais, estabelece o protocolo a seguir em caso de ausência de tais figurasrelutante ou inacessível.
Como se renova o poder executivo?
A forma de renovação do poder executivo, nos regimes democráticos, é a eleição popular. Pode ser:
- Direto. A pessoa que vai ocupar o cargo é escolhida.
- Indireto. São escolhidos aqueles que vão eleger quem ocupa o cargo.
Nos países democráticos, a vontade popular geralmente se encarrega de atribuir esse podercomo ocorre com o legislador.
Em regimes autoritários ou totalitários, por outro lado, o poder executivo Pode ser sucessória, ou seja, é transmitida de pais para filhos.. Ou pode ser eleito por uma assembléia partidária, geralmente composta pela liderança política da facção dominante.
Quais são suas limitações?
Como todos os poderes públicos, o executivo exige limitações para o Estado manter o seu equilíbrio e a democracia é preservada. Nesse sentido, está sujeita às leis emanadas do legislador.
Essa limitação é mútua, pois em alguns casos o executivo também tem poder de veto se você acha que uma lei é injusta ou contraproducente. Por outro lado, as decisões dos Supremos Tribunais de Justiça são irrecorríveis até mesmo para o Executivo, que deve se submeter a elas.
Um presidente ou primeiro-ministro pode ser destituído das suas funções legalmente pelo parlamento ou pelos tribunais da República. Não há como neutralizar o processo administrativo ou judicial contra você.
Funções do poder executivo
O executivo responde a dois grupos de funções primárias:
- Funções políticas. Aquelas que implicam o direcionamento da sociedade na sua concertação e diferenciação, para a satisfação da melhor forma das suas necessidades, bem como das suas relações com outras nações ou em situações imprevistas.
- Funções administrativas. Funções de manutenção do Estado, sujeitas à lei, e que permitam a sua duração no tempo e a sua eficácia de funções. A administração envolve a gestão do orçamento, o desenho da logística, a implementação do plano, etc.
Por que o poder executivo é importante?
O poder executivo é o chefe visível dos Estados. Costuma ser responsável pela tomada de decisões estratégicas, tendo sempre o Legislativo e o Judiciário como contrapesos e auxiliares, em prol do equilíbrio democrático e republicano.
Estado sem executivo é considerado “vácuo de poder”, ou seja, sem cabeça, sem motorista para planejar a rota. No entanto, o executivo pode ser exercido temporariamente por outras instituições, como o legislativo, em momentos críticos, que geralmente não duram muito.
os ministérios
O presidente ou primeiro-ministro delega parte da tomada de decisão aos ministros. Cada um deles lidar com problemas em uma área específica: saúde, economia, relações exteriores, etc.
os ministérios operam como instituições burocráticas, formais e hierárquicas, em que as políticas públicas da nação são organizadas e executadas. Pode haver tantos ministérios quantos forem necessários. Os ministros são geralmente propostos e destituídos por vontade do chefe de estado.
Dictadura o autocracia
As autocracias ou ditaduras são, em sua maioria, constituídas quando o poder executivo usurpa as funções dos demais poderes ou torná-los inúteis, convertê-los à sua causa ou submetê-los à força. Para isso, costumam recorrer às Forças Armadas ou outras organizações militares ou paramilitares.
Nestes casos, o Estado está completamente desequilibrado. A autoridade do executivo passa a governar todos os aspectos da nação, o que sempre traz consequências nefastas para a vida republicana.
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A separação dos poderes
A separação dos poderes públicos data da democracia direta ateniense, que existia na Grécia Antiga (século VI aC). Mais tarde foi replicado na Constituição inicial da República Romana. Ali viviam várias magistraturas de eleição popular ou aleatória.
Porém, funções especializadas dentro do estado surgiram muito mais tarde, com os ensaios políticos de Montesquieu e Locke na Idade Moderna. Esta ideia foi posta em prática em algumas monarquias parlamentares. Após a queda do Antigo Regime, foi implantado nas repúblicas.